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Impactos Ambientais

      O ambiente marinho é um dos ecossistemas mais afetado pelas atividades humanas, a quantidade de lixo presente nas praias é incalculável, causando sérios impactos ambientais que podem ser observados pelo acúmulo de lixo na praia, perda da biodiversidade, doenças de pele nos banhistas e a queda do turismo.       

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Praia do Janga.
Fonte: Autora, 2020

       Na praia do Janga, diversos poluentes contribuem para a degradação marinha, dentre elas podemos destacar: 

Resíduos sólidos

           Atualmente, o plástico é o resíduo sólido mais presente, no qual é facilmente notado nas marés baixas. As correntes oceânicas também favorecem o acúmulo de grande parte desse material em regiões específicas, formados por garrafas PET, palito de picolé, sacolas plásticas, canudos, copos descartáveis, isopor e redes provenientes da atividade pesqueira. 

      O plástico tem afetado diretamente a vida marinha, pois os animais confundem esses objetos com os alimentos, fazendo com que morram asfixiados ou perfurados por esses materiais. É importante ressaltar que esse tipo de poluição além de atingir os oceanos, também atinge o ambiente terrestre. 

          A durabilidade dos plásticos é um dos grandes problemas, principalmente os que são derivados do petróleo que apresenta o processo de degradação lento. 

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       Um outro grave problema são os microplásticos, que são gerados a partir do processo de degradação dos plásticos, podendo se acumular no ambiente e nos organismos dos seres vivos. 

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Esgoto doméstico

        O esgoto doméstico e industrial é outro grave problema que afeta diretamente o ambiente aquático, isso porque são despejados diariamente nos córregos, lagos e rios: matéria orgânica, óleos,  graxas, detergentes, e finalizam seu trajeto desembocando nas praias.  A grande quantidade de matéria orgânica causa a eutrofização. Entende-se por eutrofização o aumento exagerado da concentração de nutrientes, principalmente pelo esgoto doméstico e fertilizantes de plantas nas águas de rios, mares, lagos e estuários, por drenagem continua a partir dos despojos de indústrias, lavouras, latifúndios (figura 1).

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 Figura 1: Diagrama do fenômeno da eutrofização

         A praia do Janga além de receber muitos dejetos vindo do rio Paratibe e Doce, ainda conta com um canal a céu aberto que atravessa o bairro recebendo o esgoto doméstico de várias residências e comércios (figura 2). Além do mais, há muito lixo que são jogados dentro do canal resultando na presença de insetos e roedores.   

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            Mesmo havendo a limpeza dos canais por parte da Secretaria Executiva de Serviços Públicos do Paulista, percebe-se que tal medida adotada de forma isolada, não diminui a agressão ao meio ambiente. É preciso sensibilizar a comunidade diante das consequências já percebidas para que haja uma mudança de comportamento e um compromisso em conservar o meio ambiente.

Figura 2: Canal do bairro do Janga
Fonte: Autora, 2021.

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Figura 3: Despejo do esgoto na praia do Janga
Fonte: Autora, 2021.

Petróleo

       O petróleo é um combustível fóssil composto por uma mistura de moléculas de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos) e, em menor parte de oxigênio, nitrogênio e enxofre, que tem origem da decomposição da matéria orgânica, principalmente plâncton, formada por meio da ação de bactérias em ambientes com pouco oxigênio. Com o passar de milhões de anos, esse material se acumulou no fundo dos oceanos, mares e lagos. A pressão exercida pelos movimentos da crosta terrestre deu origem ao petróleo. Sendo assim, o petróleo é fonte de energia não renovável, ou seja, que se esgota na natureza.
           O petróleo é o combustível mais utilizado no mundo, a partir de seu refinamento  é possível ter a gasolina automotiva, o gás de cozinha, os óleos diesel, lubrificantes e combustíveis, o querosene, entre outros derivados,   portanto sua  importância econômica é enorme. 
          Apesar de todos esses benefícios, a utilização do petróleo causa grandes riscos ao meio ambiente, desde o processo de extração, transporte, refino e até o consumo. Um dos maiores desastres ambientais no Brasil ocorreu em agosto de 2019, com o derramamento de óleo que atingiu todo litoral do Nordeste e mais dois Estados do Sudeste, o Rio de Janeiro e o Espírito Santo (figura 4).  Com causas até hoje ainda não definidas, 5 mil toneladas de óleo atingiu praias turísticas, áreas de pesca e de preservação ambiental que impactou diretamente nos animais marinhos, em especial, as tartarugas, aves,  peixes e o peixe-boi (figura 5). 

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Foto da reportagem sobre o óleo na praia do janga.jpg

Figura 4: Noticiários nos principais jornais sobre a chegada do óleo na praia do Janga/PE. 

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Figura 5: Óleo na praia do Janga

Fonte: Felipe Ribeiro/ JC Imagem em 23/10/2019. Disponível em: https://jc.ne10.uol.com.br/canal/cidades/cienciamambiente/noticia/2019/10/23/as-imagens-do-oleo-na-praia-do-janga-em-paulista-391157.php . Acesso em: 11/10/2021.

  • As tartarugas por desovarem nas praias foram afetadas diretamente. Seus filhotes após eclodirem dos ovos caminham na direção do mar, porém, com a presença do óleo, elas ficam presas, dificultando seu deslocamento, além disso, o óleo pode cobrir toda superfície do seu corpo, impedindo a respiração e ingestão de alimentos; 

  • Nas aves, as penas encharcadas de óleo impossibilita seu voo e o nado; também causa intoxicação, obstrução das vias aéreas e da alimentação, causando sua morte;

  • Nos peixes, o petróleo causa intoxicação e asfixia, pois o óleo gruda nas brânquias, impedindo as trocas gasosas;

  • O espalhamento do óleo sobre o mar também impede a entrada de luz fazendo com que não ocorra a fotossíntese, afetando teias alimentares e por consequência todo o ecossistema.

Consequências do derramamento de óleo 

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           Os humanos destruíram e degradaram uma grande proporção de áreas úmidas, recifes de corais, mangues e fundo do mar das zonas costeiras e pescaram excessivamente muitas espécies marinhas e de água doce. A maior ameaça a biodiversidade dos oceanos é a perda e a degradação de habitats. 

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Fontes de pesquisa:

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